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Revisiones

Inibidores da Glicoproteína IIb/IIIa na Prática Clínica

Artículo publicado por los Dres Felipe Maia, Francisco Carleal Feijó de Sá, Fausto Feres en Arq Bras Cardiol 2009;92(1):68-76
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Introdução
Os inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (IG IIb/IIIa) foram desenvolvidos no início dos anos 1990 com o objetivo de proporcionar bloqueio máximo da agregação plaquetária. Sua utilização, inicialmente, ocorreu adjunta à angioplastia coronária com balão para reduzir a oclusão aguda do vaso tratado e suas complicações, como o infarto agudo do miocárdio (IAM) periprocedimento. A dissecção do vaso após a dilatação pelo balão nas intervenções coronarianas percutâneas (ICP) ocorria em 20% a 25% dos casos, e como conseqüência dessa, a oclusão aguda estabelecia-se em cerca de 5% desses pacientes.
A redução na agregação plaquetária com os IG IIb/IIIa proporcionou redução dos eventos cardiovasculares maiores (morte, infarto agudo do miocárdio (IAM) e revascularização de urgência do vaso-alvo) após ICP2, mas foi o advento dos stents coronarianos, por restabelecerem a geometria do vaso e “selarem” as dissecções, que trouxeram maior contribuição na eliminação de tais complicações. Os IG IIb/IIIa, adjunto aos stents
coronarianos, basicamente reduziram o IAM periprocedimento que ocorre em razão de fenômenos de fluxo lento conseqüente à embolização plaquetária (“slow reflow”, “no reflow”) ou oclusão de ramos secundários.
Os bons resultados dos estudos iniciais como EPIC2, EPILOG3 e EPISTENT4 com a redução combinada de eventos cardiovasculares maiores (ECM) impulsionaram o uso crescente dos IG IIb/IIIa. Desde então, os diversos fármacos da classe (abciximab, tirofibam e eptifibatide) foram testados em diferentes situações como os procedimentos eletivos, as síndromes coronarianas agudas (SCA) com e sem supradesnivelamento do segmento ST, na redução da reestenose coronariana e, mais recentemente, como fármaco auxiliar na facilitação de angioplastias primárias.
Com a evolução da terapia antiagregante plaquetária, surgiram novas classes de fármacos, dentre esses, os tienopiridínicos. Hoje, o pré-tratamento com esses medicamentos antes da ICP tornou-se obrigatório5. Porém, a terapia antitrombótica também progrediu e recentes
estudos com a bivalirudina6 e o fondaparinux7 permitem que sejam várias as opções de terapêutica adjuvante nas ICP atuais.
Nesta breve revisão estabeleceremos, de acordo com as publicações recentes e as atuais diretrizes, o papel dos IG IIb/IIIa como terapia adjuvante nas ICP nos mais diferentes cenários.
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