Blog

Revisiones

I Posicionamento Brasileiro Sobre Hipertensão Arterial Resistente

Publicado por el Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia pelos autores en Arq Bras Cardiol 2012;99(1):576-585

Definição e epidemiologia
Definição
A Hipertensão Arterial Resistente (HAR) é definida quando a Pressão Arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três fármacos anti-hipertensivos com ações sinérgicas em doses máximas preconizadas e toleradas, sendo um deles preferencialmente um diurético, ou quando em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos, mesmo com a PA controlada.
HAR verdadeira deve ser diferenciada da pseudorresistência, que ocorre em razão de não adesão ao tratamento, medidas inadequadas da PA, uso de doses ou esquemas terapêuticos não apropriados, ou presença do efeito do avental branco.
Controle da hipertensão arterial no Brasil e no mundo A Hipertensão Arterial (HA) atinge em média 30% da população adulta, cerca de 1,2 bilhão no mundo. No Brasil,14 estudos populacionais (1994-2009), revelaram baixos níveis de controle da PA (19,6%).
O fato de o controle da HA ter duplicado nos Estados Unidos entre 1988-2008 (27,3% vs. 53,5%)5, e quintuplicado no Canadá entre 1992-2009 (13,2% vs, 64,6%)6, reflete importantes avanços na sua detecção e tratamento nesses países.
Incidência e prevalência de HAR Daugherty e cols. demonstraram a incidência de 1,9% de HAR em seguimento por 18 meses de hipertensos que iniciaramo tratamento. Esse estudo envolveu uma grande coorte com diversidade étnica e levou em consideração a adesão ao tratamento, excluindo, dessa forma, a pseudorresistência.
Embora a exata prevalência de HAR ainda não esteja estabelecida, estima-se que essa condição atinja 12-15% dos hipertensos. A análise dos dados do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) no período de 2003 a 2008 mostrou que 12,8% dos hipertensos em uso de anti-hipertensivos nos Estados Unidos foram certificados como HAR. Egan e cols.10 destacaram que esses percentuais têm aumentado nos Estados Unidos.
Fatores relacionados à HAR
Tanto a hipertensão sistólica quanto a diastólica podem ser resistentes, sendo a primeira mais prevalente1. Fatores causais incluem maior sensibilidade a sal, hipervolemia (decorrente de maior ingestão de sódio, nefropatia crônica ou inadequada terapêutica diurética), substâncias exógenas (antiinflamatórios não hormonais, corticosteroides, contraceptivos orais, simpatomiméticos, quimioterápicos, antidepressivos, imunodepressores, descongestionantes nasais, anorexígenos, álcool e cocaína) e causas secundárias de hipertensão (com ênfase no aldosteronismo primário, apneia obstrutiva do sono, nefropatia crônica e estenose de artéria renal.
São características predominantes nos pacientes com HAR: idade mais avançada, afrodescendentes, obesidade, hipertrofia ventricular esquerda, diabete melito, nefropatia crônica, síndrome metabólica, aumento da ingestão de sal e menor atividade física. Ressalte-se que o efeito do avental branco está presente em cerca de 30% dos pacientes com HAR…

[button url=»http://www.sscardio.org/wp-content/uploads/2012/11/9901002.pdf» size=»normal» color=»aqua» custom_color=»» icon=»{{icon}}» target=»_blank»] Descargar el artículo completo [/button]